Colégio Militar do Rio de Janeiro

A primeira ideia de se criar um Colégio Militar no Brasil surgiu em 1853, proposta pelo então Senador do Império, Luís Alves de Lima e Silva, que seria nomeado dezesseis anos mais tarde, Duque de Caxias.

O intento de Caxias era de criar um Colégio que assistisse os “filhos daqueles que morreram ou se inutilizaram no campo de batalha defendendo a independência e a honra nacional”. Caxias já se preocupava com a guerra que estava para acontecer.

Colégio Militar do Rio de Janeiro

Mas nada conseguiu, pois naquela época o Exército não era prestigiado como a Guarda Nacional, por exemplo.

Porém, após a Guerra do Paraguai, cresceu no povo brasileiro um forte sentimento nacionalista e de exaltação ao nosso exército que saíra vitorioso. Dentro desse contexto, a 25 de fevereiro de 1865, é criada no Rio de Janeiro uma organização chamada Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria que se propunha a “auxiliar o Governo Imperial a fundar e custear um asilo dos inválidos, onde deveriam ser recolhidos e tratados os servidores do país que, por sua velhice ou mutilação na guerra, não pudessem mais prestar serviços e onde se daria educação aos órfãos, filhos de militares, mortos em campanha, ou mesmo quando destacados em serviço das armas”.

Na mente de José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, irmão de Luís Alves, futuro Visconde de Tocantins, renasce a ideia de se criar um Colégio Militar, quer em 1862, como Deputado, quer em 1865, enquanto presidente da Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria. Porém, a Sociedade, de início, tinha dificuldades que não permitiram logo fundar um Colégio Militar.

Anos depois a Sociedade prosperou conseguindo, em 1868, fundar, na Ilha do Bom Jesus, o Asilo dos Inválidos da Pátria. Foram pagos 157 contos de réis pelo prédio onde funcionava o Convento dos Franciscanos e que passaria a abrigar os servidores da Pátria.

A maior incentivadora da Sociedade era a Associação Comercial, visto que a maior parte de seus sócios também pertenciam àquela Associação, sendo o maior exemplo o Visconde de Tocantins. Em uma das cláusulas do estatuto da Sociedade do Asilo dos Inválidos constava a proibição à entrada de novos sócios, abrindo brechas para que a Associação Comercial propusesse uma fusão à Sociedade do Asilo para que ela pudesse se perpetuar.

Em um contexto político tão conturbado, os cofres públicos em déficit por ocasião da guerra, era de se encher os olhos da Associação Comercial, uma Sociedade que contava na época com uma riqueza de cerca de 1744 contos de réis em apólices da dívida pública.

A 23 de junho de 1885 se consuma a fusão, considerando, a partir daquela data, dissolvida a Sociedade do Asilo. A fusão se dá, pois, ilegalmente já que constava no Estatuto da Sociedade do Asilo, invocado pelos próprios homens da Associação Comercial, que a Sociedade deveria existir enquanto durasse o Asilo. Se o Asilo continuava a existir, a Sociedade jamais poderia ser extinta.

Conselheiro Tomás Coelho, fundador do Colégio Militar, diretor do Banco da República, membro do ministério que decretou a abolição da escravatura. Falecido em 19 de setembro de 1895.
A partir daí começou uma luta da Associação Comercial para conseguir junto aos ministros da Guerra, a transferência das apólices do Asilo para o seu patrimônio. Tal pedido foi negado por todos os ministros desde 1885 até 1888 quando sobe ao cargo o conselheiro Tomás Coelho.

Tomás José Coelho de Almeida era parlamentar desde 1872, considerado um homem extremamente esclarecido que queria logo conquistar o apreço dos militares, então ressentidos pelo descaso do Império.

Tomás Coelho foi ministro da Agricultura enquanto Caxias foi Presidente do Conselho de Ministros (1875), eram grandes amigos, e Tomás Coelho tomou para si o sonho de criar um Colégio Militar.

Como político experimentado, Tomás Coelho, percebeu a irreversibilidade do processo de fusão da Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria com a Associação Comercial, que não se negaria a adquirir um prédio, onde se pudesse instalar o Colégio, a pedido do Ministro da Guerra, caso ele obtivesse a homologação oficial do ato de 1885.

O ministro conseguiu em 25 de abril de 1888 uma Resolução Imperial que submetia a Associação Comercial a todos os direitos e obrigações da Sociedade dos Inválidos da Pátria. Perceba que, ao contrário do ato de 1885, a Resolução não extinguia a Sociedade do Asilo, mas lhe dava um “alicerce mantenedor” chamado Associação Comercial que agora estava obrigada a manter o Asilo e o Colégio Militar que Tomás Coelho pretendia instalar.





Colégio Militar do Rio de Janeiro Inscrições

Em todo o Brasil existem 13 Colégios Militares, dos quais anualmente abrem vagas para que milhares de alunos possam fazer uma inscrição Colégio Militar, e assim concorrem a uma das centenas de vagas oferecidas pelas instituições.

Existem 2 formas de se candidatar, a primeira é a partir de um concurso do qual acontece 1 vez ao ano, enquanto a segunda é por meio do regulamento quando os pais do aluno são militares e assim fazem a solicitação para entrada de seu filho.

As vagas são divididas para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental e para os estudantes do 1º ano do Ensino Médio, as provas de entrada acontecem na metade do ano anterior a esses respectivos anos letivos.

Colégio Militar do Rio de Janeiro Edital

De tempos em tempos o Colégio Militar do Rio de Janeiro abre editais para concurso públicos, para saber quais editas estão em aberto acesse o site.

Veja os requisitos para prestar um concurso no Colégio Militar do Rio de Janeiro:

  • ser brasileiro;
  • ter concluído ou estar cursando:
  • o 5º ano do Ensino Fundamental (5º ano/EF), para os candidatos ao ingresso no 6º ano do Ensino
  • Fundamental (6º ano/EF); ou
  • o 9º ano do Ensino Fundamental (9º ano/EF), para os candidatos ao ingresso no 1º ano do Ensino Médio (1º ano/EM).
  • estar enquadrado nos seguintes limites de idade:
  • para 6º ano/EF:- ter menos de 13 (treze) anos em 1º de janeiro do ano da matrícula e completar 10 (dez) anos
  • até 31 de dezembro do ano da matrícula.
  • para o 1º ano/EM:- ter menos de 18 (dezoito) anos em 1º de janeiro do ano da matrícula ou completar 14
  • (quatorze) anos até 31 de dezembro do ano da matrícula.
  • não ter sido excluído disciplinarmente de qualquer CM;
  • ser portador de documento oficial de identificação com foto recente, com o máximo de 2 (dois) anos de expedição; e
  • ser portador de documento oficial de comprovação de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Colégio Militar do Rio de Janeiro Biblioteca

Muitos militares e civis cultivaram essa ideologia, assumindo cargo de chefia do espaço que era compreendido como biblioteca, que disponibilizava livros para leitura local, ou seja, não se realizava o empréstimo, funcionando como espaço de suporte de informação, ainda manuscritos, e, posteriormente vindo a conter livros impressos e periódicos.

Há registros fotográficos e depoimentos de ex-alunos que indicam a existência de um espaço destinado à leitura e acondicionamento de coleções literárias já na década de 1900, não há dúvidas, uma vez que o colégio foi inaugurado em 1889. Oficialmente, a data de inauguração é do ano de 1962.

Colégio Militar do Rio de Janeiro Banda de Música

Banda de Música no CMRJ é uma atividade extraclasse, cultural e artística, desenvolvida durante o ano letivo, com a participação de alunos voluntários.

A Banda de Música de Alunos encontra-se dividida em Banda “A” e Banda “B”:

A Banda “A” é composta por alunos que alcançaram um grau de conhecimento técnico e teórico compatíveis com as atividades desenvolvidas pela Banda de Música. Por isso, é a fração que toca nas formaturas, treinamentos e apresentações externas.

A Banda “B” é composta por alunos que estão iniciando seus estudos teóricos e práticos de música, com a finalidade de ingressar posteriormente na Banda “A”.

Serão aproveitados os alunos que tiverem revelado progresso, disposição e gosto pela atividade. O aluno que obtiver aproveitamento será promovido na Banda de Música e usará em seu uniforme, juntamente com as insígnias da sua graduação, o distintivo (Lira) que o identifica como tal.

Horário de Funcionamento Colégio Militar do Rio de Janeiro

  • Segunda a quinta das 7h às 16h / Sexta das 7h às 12h

Onde Fica, Endereço e Telefone Colégio Militar do Rio de Janeiro

  • R. São Francisco Xavier, 267 – Maracanã – Rio de Janeiro – RJ
  • Telefone: (21) 3600-5876

Outras informações e site

Mapa de localização





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